A realidade do negro no
Brasil Etnia negra e a influencia social: recortes de entrosamento solidário.
A realidade do
negro no Brasil é necessariamente o
resgate da postura histórica pela qual em função da sua obstinação por
participação e inserção social como motivo de permanência e realização social
da nação. As dinâmicas de vida vivida pelo negro estabeleceram e fizeram com
que a solidariedade fosse a marca de construção e permanência de ação na
organização do desenvolvimento da sua cultura , e de relações sociais no
cotidiano.
O resultado
dessa história é a identidade com a qual o negro vindo de áfrica permaneceu
apartir dos seus valores humanos dando continuidade aos seus valores éticos e
estéticos ao estilo de vida não esquecido e rei ficado no Brasil, refletido no
momento atual.
Neste sentido
, pensar a necessidade das realizações do negro no Brasil é ter um olhar de
etnicidade percebendo a harmonia e os acordos com outras etnias, construindo
assim,os avanços, que superem os problemas das diferenças. Cabe dizer que esta
vem sendo uma construção difícil mas no entanto mantém-se ao longo do tempo. O
resgate e trajetória deste processo busca mostrar a luta de libertação e
participação, cidadania, e os projetos que ao longo do tempo foram tecendo o
ideal de uma identidade plena e a transição para o etnodesenvolvimento
contemporâneo.
Construir o
panorama e a compreensão de que o negro no Brasil pelos fatos históricos,
desconstrói e constrói mitos e estereótipo desde que aqui chegou,
desenvolvendo-se auto-determinadamente
pois na vida o passado e o presente tudo
esta interconectado.
As forças
físicas e mentais das etnias negras distinguem-se, na travessia do Atlântico em
condições desumanas, os 3.5 séculos de trafico negreiro, o trafico demográfico
e a resistência dos africanos que não morreram na travessia.
Os negros que
não morreram na travessia do perigoso
trajeto, aculturaram-se desenvolvendo realizações e relações que deixaram de
lado velhas rusgas tribais, havia algo maior a ser enfrentado ou seja o poder
senhorial escravagista português, a
reconstrução unitária da civilização dos povos negros no novo mundo, e
no novo território.
A discriminação e a construção pela sociedade
colonial de mitos e estereótipo do negro materializava-se no novo mundo, o
negro resignifica-se concomitante ao desafio de reestabelecimento de sua
consciência critica, o processo da afirmação da sua racionalidade e identidade
na desumanidade da escravidão colonial e sua reterritorialização, ex:os negros
ladinos como eram chamados; os que falavam com facilidade o português, os
nativos da áfrica que mantinham as línguas original e eram designados boçais,
os nascidos no Brasil que eram designados creolos, a religião suas praticas e a
manutenção dos valores das sociedades negras.
As etnias
negras nestas frentes variadas de
intervenção e resistência construíram identidade para superação humana da
adversidade, nesta estratégia de busca
da superação das desigualdades de raça/etnia no meio social brasileiro,
a sociedade brasileira colonial dos senhores de escravos portugueses ,
sociedade onde buscavam liberdade
participação e inclusão no meio social de forma livre e autodeterminada.
A combinação
de resistência,organização e participação social e busca da liberdade foi e é
contemporaneamente a estratégia de
continuidade da organização civilizatória negro africana na dispersão, e isto
justifica-se nas fugas das senzalas das
fazendas, das residências senhoriais, insurreições contra o domínio senhorial
severamente punidos com a morte por enforcamento, a supressão da própria
vida,processo que gerou um imenso passivo jurídico ao mundo dos senhores.
Portanto observar a organização social política e econômica da realidade do
Brasil, é, também considerar estes fatos
retratados hoje pele história de construção da organização da sociedade
brasileira, justapondo social e economicamente a verdade contemporânea dos
fatos da realidade do negro no Brasil, e da compreensão, sistematização e
expressão do seu estilo de vida ético e estético na sociedade.
Pesquisa:Jorge
Nascimento
Livro Bases
iniciais da economia solidaria no Brasil. UNICAMP,2010. Paulo Edison e Luis
Felipe Nascimento